domingo, 2 de março de 2008

Domingo...



Domingo.... Assim como o meu nome aí acima, estou do avesso...

E a falta de tesão pela vida continua...

Sinto falta do pipi do radinho, me trazendo aquele que eu amava, mesmo que apenas de segunda à sexta...

Sinto falta de meus bom dias, boa noite, durma com os anjinhos, beijos no seu coração, passo!, ídem!, e de todos os nossos códigos...

Sinto falta de cada segredo compartilhado, cada fracasso sofrido a dois, cada conquista vibrada pelos dois, mesmo com toda a distância...

Sinto falta de quando, mesmo sem dizer, era acarinhada por não estar bem...

Sinto falta de ouvir meu coração e entrar em desespero, sempre que sentia que ele precisava de mim...

Sinto falta da programação do meu dia, para que tivéssemos mais tempos juntos, mesmo tão longe um do outro...

Sinto falta de nossas quase-brigas, mas que sempre acabavam com um EU TE ADORO!

Sinto falta de nossos mimos e surpresas...

Sinto falta do EU TE ADORO DEMAIS DA CONTA! e do EU TAMBÈM!

Sinto falta dos momentos em que não controlávamos nossas emoções...

Sinto falta das músicas Anjo, a do Lulu, e de tantas outras que fizeram parte de nossa história e que hoje não me permito mais ouvir...

Sinto falta de saber que não interessava quando e nem como e muito menos porquê, ele estava ali, para mim, por mim, comigo...

Sinto falta de sua voz severa quando eu estava errada, de sua voz suave quando eu o dizia o quanto ele era importante, de sua voz linda quando me acordava e dizia: Bom dia, Mônica!

Sinto falta de ter alguém que me mostrava que eu era importante, que me respeitava, que me curtia, que me valorizava...

Sinto falta de todas as vezes em que um estava tenso e o outro entendia que precisava ficar calmo para o dia ser melhor...

Sinto falta de tudo! Dele, de nós dois e de tudo o que passamos! Do que foi bom, não muito bom, insuportável, mas acima de tudo, INESQUECÍVEL!


Não se afobe, não

Que nada é pra já

O amor não tem pressa

Ele pode esperar em silêncio

Num fundo de armário

Na posta-restante

Milênios, milênios

No ar

E quem sabe, então

O Rio seráAlguma cidade submersa

Os escafandristas virão

Explorar sua casa

Seu quarto, suas coisas

Sua alma, desvãos

Sábios em vão

Tentarão decifrar

O eco de antigas palavras

Fragmentos de cartas, poemas

Mentiras, retratos

Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não

Que nada é pra já

Amores serão sempre amáveis

Futuros amantes, quiçá

Se amarão sem saber

Com o amor que eu um dia

Deixei pra você

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